É com os amigos que aprendemos que o outro é como é, aprendemos a aceitar e a amar. Nesse vínculo vamos aprendendo as relações de paridade, em que não há autoridade a seguir, mas sim respeito a compartilhar. Aprendemos a resolver questões em conjunto, a expor o que sentimos, a perceber melhor quem somos. Com a troca de experiências o humano se revela e percebemos que somos parte de um todo muito maior, que não somos os únicos a sentir, a sofrer, a sorrir. A amizade nos faz amadurecer e nos ajuda a rever nossos modos de relacionar.
Nessa relação deixamos de ser
mais um na multidão que se espreme nas ruas da cidade. Somos mais que números,
registros e letras. Somos pessoa, carregamos uma história. Temos uma
testemunha. Ele vê os degraus que subimos, as pedras em que tropeçamos, a
hesitação, a coragem. Ele acompanha, oferece seu olhar, a sua opinião ou o
necessário apoio. No vínculo de amizade sabemos que a existência do amigo é a
garantia de um "Estou aqui", uma frase aparentemente simples, no
entanto, permeada de presença e companhia.
Marcar um almoço, tem motivo
utilitário além da grande razão: queremos nutrir algo que é especial, queremos
ver a amizade florescer, queremos estar junto.
Precisamos encontrar espaço para
a vida social, que na origem etimológica da palavra carrega o sentido de
associação, de fraternidade, de comunhão entre iguais. Vida social em sua
concepção mais ampla. Isso faz bem para nosso coração, para o coração amigo e
para a amizade que se fortalece - gerando mais e mais frutos.
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