São Paulo, aos poucos, começa a se render ao ciclismo

Se você anda de carro pelas ruas de São Paulo pode ainda não ter se dado conta do número crescente de pessoas andando de bike por aí. Solitários ou em grupos - pequenos alguns (como o nosso), numerosos outros -, os ciclistas começam a ocupar as ruas da cidade, ainda que tenham de disputar espaço nas ruas com motos, carros e ônibus, em uma (desnecessária) luta que, infelizmente, nem sempre acaba bem, como o acidente que vitimou Juliana Dias em 2/3.

Sugerimos uma visita à ciclofaixa que une os principais parques da cidade aos domingos e feriados. Você verá milhares de ciclistas, muitos novatos e de todas as idades, ocupando com segurança um espaço que também lhes pertence. Foi esse o destino do SPGB em 26 de fevereiro.

Descida da R. da Consolação, sendido Jardins

Partimos da Frutaria Paulista, nosso ponto de encontro, sempre às 10h dos domingos (em que não chove!). De lá, descemos pela rua da Consolação, no sentido dos Jardins. Aos domingos, esta via costuma estar tranquila, mas é bom ficar atento porque existem várias transversais em que os carros convertem à direita. Fora isso, é aproveitar a decida e o vento fresco batento contra o rosto.

Pedalar pelos Jardins é sempre uma boa pedida e não só aos domingos. Bairro arborizado, com diversas vias de mão única, todas arborizadas e relativamente seguras, são um atrativo a mais. Os moradores que circulam de carro por lá são gentis e estão habituados com a presença de ciclistas. Da para fazer um passeio com apenas esse destino (recomendamos a parte baixa dos Jardins)  e vale a pena se perder pelas ruas da região.

Jardins: ruas tranquilas, arborizadas e sseguras

No cruzamento da avenidas Cidade Jardim com  Faria Lima, o relógio marcava 28 graus Celsius à sombra. Não faz parte do equipamento de segurança, mas o protetor solar é uma amigo imprescindível, principalmente nesses dias de verão africano. E muita água, outro item fundamental para quem pedala.

Há quem diga que tem gente que pedala pelo prazer...

... de beber água quente.

Por interligar diversos parques, a ciclofaixa oferece algumas bifurcações em determinados pontos. Neste dia, escolhemos ir pelo caminho que leva à Berrini. A ciclofaixa corre paralela à diversas vias de tráfego intenso (nesses dias, a velocidade dos carros é limitada a 40 km/h) e, em algums momentos, é interrompida por cruzamentos - de carros e também de bikes, que vêm em sentido contrário.

Pra que lado vamos????

Existem inúmeras opções de lanchonetes, restaurantes, doçarias e cafés ao longo de toda a Berrini. Porém, quase nenhum abre durante o final de semana, deixando na mão milhares de ciclistas que  passam por ali. Vai ver, o dinheiro que ganham durante a semana já valeu a pena. De todo modo, existem algumas padarias, que foi onde fizemos nossa sagrada parada, para reabastecer.

Na volta, até por conta do sol forte (já passava do meio dia), escolhemos ir pela Faria Lima em direção à Pinheiros, até a estação Faria Lima (linha Amarela do Metrô). Se você ainda não conjugou andar de bike com Metrô, fica a dica. Ele ajuda vencer trechos mais longos ou árduos (como a subida que leva à região da Paulista).

Clique aqui e veja o mais fotos desse passeio na página do SP Gay Bikers no Facebook.

Fotos: Nando Rodrigues