quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

26.01.2014 - Retorno aos passeios.

No último domingo voltamos a pedalar.

Após o café da manhã o grupo partiu, no domingo ensolarado, para o centro da cidade de São Paulo.

Nosso carinho abraço para o Sérgio Bruno, Valter e Ari Tepermam.

Domingo tem mais.

Abraço.

quarta-feira, 13 de março de 2013

El Tiempo Es Veloz





El Tiempo Es Veloz
El tiempo es veloz, la vida esencial
el cuerpo es mis manos me ayudan a estar contigo,
quizás nadie entienda
vos me tratás como sí fuera algo más que un ser . . .

Te acuerdas de ayer, era tan normal
la vida era vida y el amor no era paz, que extraño,
ahora me siento diferente
pienso que todavia quedan tantas cosas para dar.

No ves que poco va
todo creciendo hacia arriba
y el sol siempre saldrá
mientras que alguien le queden ganas de amar.

Perdona mi amor por tanto hablar
es que quiero ayudar al mundo cambiar, que loco,
si realmente se pudiera y todo el mundo
se pusiera alguna vez a realizar.

No ves que poco va
todo creciendo hacia arriba
y el sol siempre saldrá
mientras que alguien le queden ganas de amar

Perdona mi amor por tanto hablar
es que quiero ayudar al mundo cambiar, que loca . . .mmmmmmmmmmmmm

domingo, 2 de setembro de 2012



Vivendo e Pedalando.

Estou elaborando esse pequeno texto há algum tempo, relacionando fatos e momentos pelos quais passei. Essas são minhas memórias recentes e estão ligadas a minha relação com a bicicleta e com o SP Gay Bikers.

Em algum momento na minha vida me vi perdido (aha que novidade!), não pertencendo a grupo nenhum, meio à deriva. Já tinha feito anos e anos de terapia e resolvido um monte de questões, mas essa sensação de desorientação ainda perdurava e vez por outra, dava as caras.
Posso parecer um pouco piegas ou desconectado do cenário que os gays encontram hoje, mas minha saída do armário foi tardia, reflexo de anos de repressão sexual e auto-formatação num padrão que eu percebi indo à falência na medida em que minha vida corria.

Um dia recebi um convite, ainda no velho e empoeirado Orkut, para fazer parte de um grupo de gays que gostavam de andar de bicicleta. Respondi ao convite e depois de alguns dias combinamos nosso primeiro encontro na Praça Siqueira Campos, em São Paulo.
Com reticência, e muito em dúvida do que encontraria, fui ao local combinado e conheci outros que buscavam parceiros para pedalar por São Paulo. Isso há 5 anos . Daí começamos a pedalar e se formaram laços de amizade com experiências e pontos de união entre os participantes. Essa história muitos já conhecem, mas o que está por trás disso (da minha parte) é o que trago agora.

Aquela sensação de desorientação do começo do relato foi o que me levou a me relacionar com aquele grupo que se formara. Lembro-me que quando pequeno (menor ainda), eu adorava andar de bicicleta pelo bairro. Conhecia cada viela da City Lapa, cada parque e cada lombada.
Invariavelmente, depois da lição de casa, eu pegava a bicicleta e pedalava pelo bairro. E hoje, morando numa cidade nova, ainda com pouca familiaridade pelos bairros e ruas, entendo como me fazia bem a sensação de liberdade, de interação com a cidade, de conexão com cada grafitti nos muros, cada árvore, cada casa demolida ou nova construção.

Hoje tenho certeza que quando respondi ao André Hidalgo, para ir ao primeiro passeio do SPGB, eu buscava aquela velha sensação de liberdade e o acolhimento num núcleo de pessoas com as quais podia ser eu mesmo, sem máscaras ou dúvidas. Eu estava procurando onde me encontrar, e isso aconteceu pedalando com gays como eu.

O SP Gay Bikers tem pra mim uma importância muito maior do que o trajeto que fazemos, o fato de não termos regras sedimentadas ou um perfil padrão de participantes. É a minha expressão de liberdade e de fazer parte do mundo. E me sentir em casa. Talvez por isso eu tenha tanta saudade.

Lendo a última edição especial da revista Vida Simples, me deparei com um texto sobre aprender e ensinar a andar de bicicleta, e esse trecho abaixo, que reproduzo aqui, expressa um pouco do que sinto pedalando por aí:
“A bicicleta é então ferramenta para se conquistar muita coisa: equilíbrio, movimento, controle de si, cuidado com o outro, confiança.
Mais: aprender a olhar a cidade, se relacionar com ela e seus espaços em outra perspectiva. Aprender isso desde pequeno pode determinar outra relação com a vida”

Trecho do texto de Mariana Lacerda para a edição especial da revista Vida Simples - De Bike é Mais Gostoso.