Companhia que faz crescer.

Sempre escrevemos por onde passamos, o que fizemos em nossos passeios e falamos também de nossas impressões, mas hoje quero ser breve nessa questão e escrever um pouco sobre aquilo que me motiva a participar e colaborar na organização do SPGB.

Neste domingo todos acreditavam que iria chover, porém fomos surpreendidos com um dia muito agradável e um passeio maravilhoso. E para completar, recebemos o inusitado e tímido Lampião, que dentro do saco de seu fiel escudeiro, esteve conosco durante parte do percurso.  Para ser breve e poder escrever o que realmente quero, passamos pelo Sumaré, Pompéia, Lapa, Alto da Lapa, Alto de Pinheiros, Pinheiros (parada para o café, onde o Lampião esnobou o chá verde que ofereci a ele – risos) e fui entregue em casa por todos os integrantes do grupo.

O Kiko que me desculpe pelo tamanho do texto, mas vamos lá!

Que é bom estar junto dos amigos ninguém duvida. Mas será que refletimos sobre que sentimento é esse que une pessoas diferentes, que ultrapassa limites e distâncias? Refletimos sobre o que é ter e ser amigo?

O verdadeiro amigo é alguém com quem podemos expressar nossos sentimentos mais íntimos, compartilhar o silêncio sem constrangimento e dividir os piores e melhores momentos.

Durante os passeios me deparo com pessoas que se encaixam perfeitamente dentro do meu conceito de amizade: Amigo é aquele que queremos ver bem, queremos presenciar seu crescimento, compartilhamos suas dores e alegrias, estamos ao lado. Amigo é aquela pessoa que aponta o que precisa de cuidado, que diz às vezes palavras duras com a intenção de que sejamos pessoas mais plenas. Em outros momentos traz palavras doces, equilibrando meu modo duro demais diante de algumas situações.

Amigo é aquele que parece sondar o mais profundo em nós, ele vem com seu jeito único e apresenta um outro lado. Ou, simplesmente cala para que possamos ouvir nossas próprias palavras ecoarem. Oferece o ombro, os ouvidos e o coração.

Amigo é aquela pessoa que faz parte de nossa vida, porém não o possuímos. Com ele aprendemos que o outro é como é, aprendemos a aceitar e a amar incondicionalmente.

Nesse vínculo vou aprendendo as relações de paridade, em que não há autoridade a seguir, mas sim respeito a compartilhar. Aprendo a resolver questões em conjunto, a expor o que sinto, a perceber melhor quem somos. Com a troca de experiências, percebo que somos parte de um todo muito maior, que não somos os únicos a sentir, a sofrer, a sorrir. A amizade nos faz amadurecer e nos ajuda a rever nossos modos de nos relacionar.

Nessa relação deixamos de ser mais um na multidão que se espreme nas ruas da cidade. Somos mais que números, registros e letras. Somos pessoas, carregamos uma história. Temos uma testemunha. Ele vê os degraus que subimos, as pedras em que tropeçamos, a hesitação, a coragem. Ele acompanha, oferece seu olhar, a sua opinião ou o necessário apoio. No vínculo de amizade sabemos que a existência do amigo é a garantia de um "estou aqui", uma frase aparentemente simples, no entanto, permeada de presença e companhia.

Por tudo isso é que lhe convido a refletir: Você está próximo de seus amigos com a freqüência desejada? Você encontra tempo para estar com eles, assim como reserva tempo para outras atividades cotidianas? Ou o amigo deixou de ser parte de seu cotidiano?

Por mais que nasça sem grandes explicações, sem motivos explícitos e declaráveis, a amizade só se mantém quando cultivada.  Isso faz bem para nosso coração, para o coração amigo e para  que a amizade que se fortaleça.

No SPGB a verdadeira amizade é terapêutica em muitos sentidos.

Forte e carinhoso abraço ao meu amigo Kiko e a cada um dos meus amigos do SPGB.