É a primeira vez que a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo faz um acordo com a Sabesp e a ONG Parada Vital (que sugerimos aqui, para quem quer alugar uma bike nos nossos passeios) e disponibiliza bicicletas para aqueles que quiserem ir de um dos 15 espaços de exibição para outro e ganhar tempo nesse percurso.
Falando em de cinema, outra paixão minha além da bike, lembro de dois momentos em que a bicicleta apareceu e me transportou pra dentro da tela.
Em 1981, na cena final de E.T., Spielberg nos leva à fugir dos caras do governo que querem fazer experimentos com o E.T., pedalando as BMX. O que se segue é a emblemática imagem de Eliott na frente da Lua: Odesprendimento da realidade, o companheirismo e o adeus.
Outra linda cena é mostrada em Donnie Darko, do diretor e roteirista Richard Kelly, de 1981: O confuso adolescente Jake Gyllenhaal pedala numa madrugada fria e soturno-azulada. Ao fundo, a música “The Killing Moon” do Echo and Bunnymen é somada à fuga e ao ato novamente solitário e desesperado do protagonista.
Isso me traz inúmeras lembranças da infância e adolescência onde minhas incursões solitárias de bike, às vezes tinham esse sentido: fugir da realidade para lidar sozinho com a tempestade que se formava aqui dentro. E só depois de correr e sentir o vento no rosto é que as nuvens negras começavam a abrandar.
Quem conhece o Kiko, sabe que somente ele poderia escrever um texto inteligente e sensível. Zé Bedeu, PARABÉNS!!!
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