É, por incrível que pareça e absurdo imaginar, sou daqueles tipos que mudam pouco, o espírito velho que minha mãe sempre anunciou, não é falta de verdade ou inverdade, é um fato consciente. Sou novo e sou velho, e hábitos precisam de juventude para forçá-los a mudar.
Claro que te lendo dá vontade de sair pedalando, mas minha relação com a bike sempre foi meio estranha, meio traumática. Coisas de infância que a terapia ainda não removeu ou solucionou, mesmo porque não classifico como necessária. Por isso, minha paixão é ver vocês todos caminhando e indo, pedalando e indo, e sei que parece ser uma preguiça, mas sei que neste momento ela é muito mais forte que eu.
Todavia, continuo tentando e apreciando os momentos Les Triplettes de Belleville de vocês. Lendo e imaginando a farra e o suor digno correndo pelos braços enquanto as pernas vão vencendo giro a giro a estagnação do corpo. Vou assim, por aqui, na preguiça da minha velhice espiritual, forçando o corpo a crer que um dia como esses não deve deixar de existir em qualquer vida, ainda mais na minha. Vou treinando na academia e um dia, quem sabe um dia...
Grande beijo,
Edu
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