quarta-feira, 16 de março de 2011

13.03 - Na contramão dos macacos.

Quinta, sábado e domingo. Três dias de passeio, quase 100km de pedalada, velocidade média de 17km/h e velocidade máxima de 42km/h.

No domingo já cansados da maratona, optamos por um passeio mais tranqüilo. Pedalamos pelo Centro Velho de São Paulo para observar os prédios com os comentários e observações do Guto e do Carlos, que sem dúvida enriqueceram muito nosso diálogo, enquanto o Nando registrava a cidade.

Nós quatro paramos no Centro Cultural do Banco do Brasil para um café, onde conversamos sobre o passeio da noite anterior, quando o Nando, Silvio, Márcio e o Guto pedalaram de roupa – eu pelado!


Nesses três dias de maior proximidade com os amigos (Kiko, Nando, Jeferson, Celso, Ale, Guto, Silvio, Alejandro, Márcio e o Carlo) e tantos outros que conhecemos na noite de sábado, faz-me ter a certeza de que, com o SPGB, estamos no caminho certo -  estreitando e construindo amizades em favor de uma sociedade mais justa, em torno de  diálogos sinceros, quando sempre temos a oportunidade de entender e compreender nossas vidas e espaços.


Diz uma parábola: numa densa floresta perto da costa marítima, vivia um bando de macacos. Um dia, altas ondas brancas, parecendo montanhas de neve, surgiram na superfície do mar. Encantados, os macacos disseram uns para os outros "Vamos subir no topo daquelas montanhas e nos divertir contemplando o mundo!" Um deles não perdeu tempo em saltar nas ondas e imediatamente foi tragado para o fundo do mar.

Quando outros macacos que observavam da costa viram-no desaparecer, pensaram que o interior da montanha de bolhas devia ser muito mais confortável e, rivalizando-se em pular primeiro nas ondas, um por um, foram se afogando no mar.

O Buda Sakyamuni usou esta parábola quando pregava seu ensino no Pico da Águia, na antiga Índia, para mostrar como os seres humanos são facilmente atraídos por valores superficiais. Se dispendermos todo nosso tempo atrás de valores como grandeza e beleza, então, como os macacos, nossa vida se tornará vazia e infeliz.

Os verdadeiros tesouros podem ser encontrados nas coisas simples da vida como amizade, paciência, coragem, preocupação pela felicidade de outras pessoas e gratidão. Nitiren Daishonin chama isto de tesouro do coração.

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