terça-feira, 21 de setembro de 2010

19/09 - Motim


Por Nando Rodrigues

Quando o Alessandro me pediu para escrever o post desta semana, a primeira ideia que surgiu, claro, foi falarmos que o passeio em si tinha sido uma espécie de motim. Explico. 
O Kiko – que é um dos fundadores do SP Gay Bikers e que, junto com o Cesar, coordena o blog (a colaboração está aberta aos pedalantes) e faz a divulgação dos passeios – postou uma mensagem no Facebook (dele!) – às 22h56 do sábado – dando conta de que o passeio no domingo 19/9 estava cancelado porque iria chover,etc., etc., etc.
Claro que eu não vi. Na manhã do domingo acordei e fiz coisas de rotina: post no twitter (@nrodrigues) dando bom dia aos amigos; passeio com Freddy, o cachorro; café da manhã e um passar de olhos no Twitter novamente.
Foi então que o Celso me perguntou (pelo Twitter) se o passeio estava de pé, por conta da mensagem fatídica do Kiko. Pelo Twitter respondi que sim e que não tinha conhecimento do cancelamento. O Alessandro, o arquiteto, também disse que estava a caminho.
 Em companhia do Alê (não o arquiteto), fomos para o ponto de encontro, imaginando que estariam lá, desta vez, além de nós dois, o Celso e o Alessandro (o arquiteto), já que o Cesar também não tinha dado sinal de vida. 
Para nossa alegria, quatro outros bikers, todos novatos no SPGB, também não viram o post do Kiko e apareceram em nosso ponto de encontro.
Os novos guerreiros: Flávio (chefe do Alessandro, e também arquiteto – e que por coincidência eu já conhecia por meio de outros amigos); o designer gráfico Márcio (que já pedalou muito por esse mundo e diz que há mais de quatro anos só anda de bike em Sampa – já virei fã), o professor de inglês Clayton (mas que já teve outras profissões nessa vida) e o analista de sistemas Maurício.
Apresentações feitas, fizemos um percurso mais básico. Partindo da Frutaria, pegamos a Paulista, descemos a Frei Caneca até o final e depois, à esquerda entramos no final da Augusta, quase Martins Fontes. 
Passamos em frente à Câmara Municipal, pegamos a Maria Paula e subimos em direção à Praça da Sé, onde fizemos uma rápida parada para fotos. De lá, fomos para o Pátio do Colégio (mais fotos) e Largo São Bento. 
Atravessar o Viaduto Santa Ifigênia pedalando é uma experiência e tanto. Sugiro voltarmos lá outra vez, mas à noite – a iluminação do centro da um ar dramático que compensa (espero que não evolua a cretina ideia de trocar as lâmpadas amarelas por brancas). 
De lá, descemos para o Vale do Anhangabaú onde avistamos algumas/ moçoilas em plena função, apesar do horário e do frio – mas nada de chuva, viu Kiko!
Subimos a São João e fomos até a Praça Princesa Isabel. Mais um desses lugares na cidade que não consigo entender. Sabe o que tem nesta praça? Uma estátua... do Duque de Caxias. Na Praça Campos de Bagatelle temos... o 14 Bis. E na Praça 14 Bis? Um ponto de ônibus sobre o viaduto e a quadra da VaiVai do outro lado... Coisas de Sampa.
Para chegarmos à Pinacoteca, onde fizemos uma pausa pra um café, tivemos de atravessar rapidamente a Cracolândia, deprimente como sempre. De lá, o Flávio resolveu voltar de metrô. Nós seguimos para a República, pegamos o Elevado (vulgo Minhocão) de onde saímos para a Angélica e voltamos ao ponto de partida.
Chegamos lá e, tipo uns 15 minutos depois quem apareceu ??? O Flávio, que veio de metrô. Mas isso não é o que eu queria contar. E também não tem a ver com o fato de o passeio ter saído à revelia – tô brincando, viu Kiko! 
Fiquei feliz pelo fato de que o grupo parece estar começando a funcionar de forma orgânica, sem a necessidade de termos os heads sempre lá. 
Coincidência? Eu não sei e sinceramente espero que não. Quem estiver lá no próximo domingo vai poder confirmar se foi obra do acaso. E espero que sejamos cada vez em maior número. Que juntem se a nós os bons.
Bora lá!

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