Chuva, suor, quedas e nudismo

por André Hidalgo

Depois de nossos encontros urbanos, onde promovemos alguns passeios inesquecíveis por São Paulo, fizemos nossa primeira incursão para fora da cidade. Foi no domingo, dia 13 de janeiro, no Parque das Neblinas, um lugar incrível localizado no topo da Serra do Mar, entre Mogi das Cruzes e Bertioga, uma indicação bem bacana do Kiko.

Logo na saída, às 7h da manhã do domingo, chuva. Algumas desistências em cima da hora, como já era previsto, e lá fomos nós numa Van com as bikes embaladas, todas limpas e reluzentes num carreto acoplado.

No caminho, conversinhas para conhecer alguns integrantes novos do grupo e, claro, muita risada e expectativa. Quando chegamos em Mogi, até a chuva foi embora.

Ao desembarcarmos no Parque das Neblinas, um absurdo café-da-manhã nos aguardava. Além dele, dois instrutores que iriam nos acompanhar durante o trajeto. Caberia a nós escolhermos entre três opções, que variavam da duração ao grau de dificuldade. Ingenuamente optamos pelo nível "avançado". Ainda bem que a gente só descobriu tarde demais que o caminho, de 32 km, era pra lá de "avançado". Era praticamente uma competição profissional de mountain bike.

Logo de cara, vimos surgir o herói do passeio: Alejandro, nosso bravo companheiro, que escorregou de cima de uma ponte com bike e tudo. Resultado: uma queda de 3 metros dentro do rio, de onde ele saiu praticamente ileso. A única diferença foi que Alejandro ficou todo molhado, com sua roupa de ciclista colada ao corpo em uma indescritível saída do rio, fato que provocou um ohhhhh! coletivo dos participantes.

Logo depois disso, um pequeno festival de quedas (todas lights, diga-se) e uma sensação de catarse coletiva, já que a chuva voltou e o cenário era absurdo: uma trilha no meio da mata atlântica, sob chuva, com nosso bravos e corajosos participantes enfrentando adversidades com muito bom humor. A chuva vinha, voltava (o que era ótimo, porque nos refrescava); o trajeto era cheio de subidas e descidas, uma loucura!

Imaginem o estado em que ficaram as bikes e os bikers... Muita lama, freios acabados, cansaço e sensação de vitória por termos conseguido terminar a trilha (os instrutores disseram que só os grupos profissionais conseguem).
Foi bafo!

Destaque para o Kiko, sempre nos incentivando a continuar e demonstrando o quanto estava se divertindo com tudo aquilo. Também devo destacar a perseverança do Jordão e do Everson que, mesmo tendo ficado para trás com um dos guias, foram destemidos até o final.

Na volta à sede do Parque, depois de um banho coletivo no bem equipado vestiário do lugar, foi servido um almoço delicioso, feito pelas cozinheiras locais em fogão a lenha, num cardápio que incluía pinga de banana, frango com quiabo e alcatra com mandioca (uau!).

E para finalizar, Alejandro (mais uma vez ele), tirou toda a roupa e mergulhou no rio gelado.

Depois disso tudo, voltamos para SP elétricos, falando sem parar pelo caminho, cada um narrando suas impressões sobre o passeio.

E agora a gente já está aqui, planejando a volta! Aguardem!